sábado, 6 de março de 2010

Pensar em ti...


Pensar em ti...
A pensar em ti desde que te conheci...

Inicialmente seria:
pensar no impossivel;
pensar no que ficaria por viver;
pensar naquilo que a vida e as circunstâncias ate me poderiam ter proporcionado...

Depois...
Depois veio a oportunidade...
O viver da ilusão...
Pensar em ti era... era flutuar...
era viver... era sentir...
era olhar... era ganhar... era perder...
era enfim, VIVER...
Era lembrar-me de ti,
Era lembrar-me de nós... pensar em nós...

Agora?
Agora é pensar em ti,
simplesmente pensar em ti...

Pensar em nós deixou de ser uma realidade,
aquela realidade que me tiras-te, por isso penso em ti...

Agora é Lembrar... é Recordar...

Pensar em ti deixou de ser flutuar, planar no horizonte...
Pensar em ti é deixar de acreditar que a felicidade um dia existiu...

Pensar em ti é saber que preciso de ti hoje, é precisar de ti agora...
É deixar de saciar sentimentos de grande valor,
É desvalorizar o passado...
É pensar num presente repleto de incapacidades...

Pensar em ti é não acreditar no amanha, na esperança de "um dia"...
É ganhar certezas que a minha felicidade não passa por ti...

Pensar em ti é deixar de sonhar, é deixar de desejar...
É pensar que não pode ir para além disto...

É deixar de acreditar...
É deixar andar...
É não lutar...

Pensar em ti é mesmo assim... AMAR-TE...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dias assim...

... há dias assim...

Dias em que preciso gostar de ti...
E, talvez, por isso nao são mais nem menos do que dias vazios, cheios de nada...

Dias sem guerra nem paz... sem claro ou escuro...

Dias sem letras nem texto...

Dias sem ti, porque mais uma vez estavas
...na pessoa errada,
...no sitio errado,
...na pior hora de todas...

Um dia hei-de perceber-te e talvez se te perceber, talvez aí ajudes a perceber-me...
... enfim dias sem ti...
...dias cheios de nada...

E o coração é isto, este mero orgão funcional que se vai esforçando...

... tudo porque mais uma vez me enganei...
... tudo porque não existes...
... tudo porque apesar de tudo te procuro no escuro...



... dias que preciso gostar de ti...

terça-feira, 2 de março de 2010

As coisas vulgares que há na vida, não deixam saudade...

Ás vezes...


Ás vezes há coisas que não se percebem... coisas, memórias, sentimentos, lembranças que vão e vêm... magoam, passam... voltam e magoam outra vez... ás vezes a vida é mesmo assim, da maneira que nós menos queremos que ela seja...
Vai-nos obrigando a saber desistir quando o que mais queremos é lutar, obriga a esquecer mesmo que a vontade esteja toda em lembrar e no ar fica sempre a sensação do que seria mais correcto, se fizemos bem ou se fizemos mal ficando unica e somente a paz de ter feito aquilo que achamos que deveria ser feito, tornando-nos de novo donos da nossa vida, voltamos a ser nós quem traça o nosso destino ou julgamos que assim seja, na tentativa de a tornar mais fácil, mais simples, mais leve, melhor..
Ás vezes a vida obriganos a mudar aquilo que até então pensavamos não ter solução, queimar recordações, esquecer memórias... apagar, apagar o que de mais belo tinhamos para recordar... apagar a memória sem medo que ela se perca por aí para sempre... impedindo de lembrar cada momento, cada segundo, cada frase, cada música, cada palavra, cada gesto, cada sentimento, promessa ou ilusão...
Fica só a sensação do ter de partir sem medo, tristeza e partir para outro "mundo" mesmo quando a vontade nos prende "neste", partir e seguir outro caminho, outros ideais e mesmo que não haja caminho, a obrigaçao implica o recurso de forças para o fazer com os proprios pés... Nesta caminhada a única companhia é a certeza de que foi o mais correcto, o mais acertado...
Ás vezes é preciso aprender a perder, sentir que o mundo nos sai de baixo dos pés dia sim dia sim, perceber que as coisas não serão jamais como nós queremos e que afinal a vontade não vale de nada, aprender a ouvir e calar, a controlar, a calar o que se sente, o que se deseja, o que mais queremos mostrar...
Ás vezes mesmo que custe e mesmo que a voz queira sair tremida há que fazê-la sair bem firme e quando o coraçao parece não arranjar mais coordenaçao há que domá-lo e esperar que ele nos respeite porque nem sempre ele pode estar correcto...
Ás vezes é preciso perceber que mesmo não querendo as coisas podem ser assim e há que aceitar e tentar que tudo seja compensado de uma ou outra forma...